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Economia 22 de setembro de 2015

Dólar sobe nas casas de câmbio; veja dicas para quem tem viagem marcada

Mercados aguardam votação de vetos em ‘pauta bomba’ no Congresso.
Moeda chegava a ser vendida por R$ 4,50 em casa de câmbio nesta terça.

Na manhã desta terça-feira (22), o dólar chegou a passar a máxima histórica de R$ 4. A alta vem na esteira das preocupações do mercado com votações no Congresso e com a possibilidade de o Federal Reserve (FED), o banco central dos Estados Unidos, elevar os juros este ano.

A cotação desta terça é a mais alta já registrada desde a criação do real. Em 10 de outubro de 2002, o dólar chegou a ser vendido a R$ 4 durante o pregão, mas desacelerou a alta e fechou naquele dia a R$ 3,98.

Essa forte valorização do dólar comercial reflete na cotação nas casas de câmbio, que vendem o dólar turismo, valor que é sempre maior que o divulgado no câmbio comercial.

O G1 pesquisou o preço para o valor do dólar em três casas de câmbio na manhã desta terça-feira.

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Nas casas de câmbio, a disparada do dólar já mostra seus reflexos.Na manhã desta terça-feira, a cotação chegava a R$ 4,50 no cartão pré-pago, com o IOF de 6,38% incluído, na Confidence Câmbio. Em espécie, a moeda sai por R$ 4,27. Na cotação, o dólar chegava a R$ 4,489 no cartão e a R$ 4,276 em espécie (ambos com imposto incluído). Na Vips Turismo, os valores eram de R$ 4,22 e R$ 4,45, respectivamente.

Veja abaixo perguntas e respostas com dicas para quem está com viagem marcada e precisa comprar dólares:

Por que o dólar de turismo é mais caro? (Foto: G1)

O dólar de turismo, também usado por consumidores para comprar algo no exterior ou mesmo quando importam produtos de outros países, é mais caro que o dólar comercial – usado pelas empresas e bancos para as outras transações realizadas no mercado de câmbio, como exportação, importação e transferências financeiras.

O preço pago pelo dólar leva em consideração os custos administrativos e financeiros. Segundo o Banco Central, a taxa de câmbio pode variar de acordo com a natureza da operação, da forma de entrega da moeda estrangeira e de outros componentes tais como valor da operação, cliente, prazo de liquidação etc. Como os consumidores compram volumes menores que as empresas e outros bancos, esses custos tendem a ser maiores.


Minha viagem está chegando e ainda não comprei nenhum dólar. Espero baixar? (Foto: G1)

A dica do professor de finanças Alexandre Cabral é não esperar, e sim fazer um “preço médio” dessa compra.

“A dica nesse momento de crise é ‘parcelar’. Por exemplo: se a pessoa vai viajar em janeiro, até lá temos 5 meses. Vamos supor que nesses 5 meses ela receba 4 salários. Então, divida a possível compra em 4. Se precisa de US$ 10 mil em janeiro, compre US$ 2,5 mil a cada salário recebido.”

Segundo o professor, adiar a compra esperando quedas diárias pode ser arriscado, “porque nada impede que hoje seja a mínima dos próximos dias”.


Devo comprar sempre na mesma corretora ou casa de câmbio? (Foto: G1)

Não necessariamente. Cabral aponta que, em momentos de “mercado nervoso” como vem acontecendo nos últimos dias, a diferença de preços entre uma corretora e outra costuma ser maior. Então, ele explica que vale a pena fazer uma pesquisa de preço antes de cada compra de moeda.


Qual escolher: dinheiro em espécie ou cartão pré-pago? (Foto: G1)

A vantagem do cartão pré-pago é que o turista não precisa carregar muito dinheiro vivo. “Ele facilita sua vida”, diz Cabral. Porém, com o IOF, o preço de cada dólar depositado no cartão sobe em relação ao dinheiro em espécie.

Se for para fugir de grandes diferenças de preço, o professor aponta que levar dinheiro vivo pode ser mais vantajoso, especialmente em casos de viagens mais curtas. “Se puder levar espécie, com essa diferença de preço, leve. Se é uma viagem de férias de dez dias, não tem problema nenhum (levar em espécie). Agora, se vai ficar um mês ou dois, é outra história.”


Usar o cartão de crédito internacional em viagens é uma boa opção? (Foto: G1)

O consumidor que compra em dólar com cartão de crédito fica sujeito à cotação do dólar no dia do pagamento da fatura, e não no momento da compra. O valor da fatura é emitido de acordo com o câmbio no dia do seu fechamento. Se o cliente faz o pagamento em uma data diferente, ainda dentro do prazo de vencimento, está sujeito ao preço do dólar naquele dia.

Por isso, Cabral alerta que “o cartão de crédito é a opção mais perigosa de todas”, e deve ser usado somente se a situação for uma “emergência”. “Você vai viajar em janeiro e pagar com o dólar de fevereiro. É aquela história: você prefere morar com a sogra ou viajar para os EUA agora e comprar com o dólar de outubro?”, brinca o professor.

Ele acrescenta que o controle de gastos também pode ficar mais frágil com o cartão. “A pessoa fica cega, vai comprando algo de US$ 10 aqui, de US$ 20 ali e, quando vai ver está com uma dívida monstruosa.”


Fiz compras com o cartão de crédito em dólar (Foto: G1)

Cabral não recomenda que o consumidor faça isso. “Não parcele. Se parcelar, além de ter a emoção do dólar, tem o custo do cartão. A dívida vai ficar absurdamente cara”, alerta.

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Fonte: G1 em São Paulo

 

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