Descontentes com a divisão do socorro de R$ 60 bilhões, os deputados também fizeram mudanças na fórmula na repartição do dinheiro. Como houve alteração de mérito, o projeto irá retornar ao Senado para última votação, retardando o repasse do socorro para os locais afetados pelo coronavírus. A alteração foi considerada uma derrota para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que queria aumentar o volume de dinheiro enviado ao seu estado.
A equipe econômica defendia a votação do texto sem aumentar a lista de exceções ao congelamento para não reduzir a economia esperada nas três esferas (federal, estadual e municipal), inicialmente prevista em R$ 130 bilhões. A alteração foi interpretada por membros da equipe econômica como uma “rasteira” no ministro Paulo Guedes, cada vez mais desgastado no governo.
Alcolumbre tinha cobrado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a aprovação do projeto sem alterações para acelerar o socorro. No início da votação, porém, Maia, que é seu correligionário, criticou a divisão aprovada no Senado, mas ainda assim defendeu a votação sem mudanças – o que não ocorreu.