Servidores Técnico-Administrativos da Universidade Federal Minas Gerais (UFMG) votaram pela continuidade da greve, em assembleia feita nesta quarta-feira (24), em Belo Horizonte. Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino (Sindifes), Cristina del Papa, atualmente, cerca de 60% dos trabalhadores aderiram ao movimento, iniciado no dia 28 de maio.
Ainda de acordo com Cristina, a categoria esperava que uma proposta fosse apresentada na última segunda-feira (22). Sem diálogo, a decisão dos trabalhadores foi de manter a paralisação que inclui, ainda, servidores do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
Após a assembleia, os funcionários fizeram ato na Faculdade de Medicina e na Escola de Enfermagem, no campus saúde da UFMG. A intenção era convocar mais servidores para o movimento.
Entre as reivindicações da categoria, Cristina del Papa destaca como principal questão o reajuste de 27,3% no salário. A greve também é contra os cortes de verbas da educação.
O Sindifes não soube informar o número de servidores que aderiram à greve. Conforme o órgão, somente na Universidade Federal de Minas Gerais trabalham cerca de 5 mil funcionários técnico-administrativos.
Na UFVJM são mais de 500 servidores Técnico-Administrativos que trabalham nos quatro campi da instituição. Já no Cefet-MG são cerca de 700 funcionários no setor.
O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Universidade Federal de Ouro Preto (Assufop) informou que a categoria decidiu na tarde desta quinta-feira (28) pela paralisação. A greve irá começar nesta segunda-feira. A Ufop conta hoje com 847 funcionários no corpo técnico-administrativo.
A categoria reivindica reajuste de 27,3% no salário, além de aumento dos benefícios de alimentação, transporte e plano de saúde. Os trabalhadores pedem ainda o reposicionamento dos aposentados.
Professores não aderem à greve
A Associação dos Professores Universitários de Belo Horizonte (APU-BH) informou que os professores da UFMG não aderiram à greve, já que não fazem parte do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que convocou a greve.
Já o Sindicato dos Docentes do Cefet-MG (SindCefet-MG) informou que os nove campi da instituição em Minas Gerais aprovaram o indicativo de greve, mas não há data para início da paralisação. O Cefet-MG informou que, atualmente, o quadro da instituição é formado por cerca de mil docentes. O centro de educação tecnológica não se posicionou sobre a paralisação de parte dos funcionários.
Segundo a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Ouro Preto (Adufop), o indicativo de greve será votado no dia 9 de junho. Segundo a Ufop, a universidade conta com 941 docentes, dos quais 104 são professores substitutos.
A reitoria da UFVJM informou que não vai se pronunciar sobre o assunto, mas tomará providências caso haja problemas no atendimento aos alunos. O sindicato que representa os professores da universidade informou que não há paralisação.