Professor da UnB vai ser o Presidente da History of Economics Society
Responsável pela disciplina de Pensamento Histórico Econômico na UnB, Mauro Boianovsky será o primeiro brasileiro à frente da principal organização internacional de pesquisa sobre o tema.
Um Servidor Público Federal – Professor da Universidade de Brasília será o primeiro brasileiro a ocupar a Presidência da History of Economics Society (HES), a mais tradicional entidade de pesquisa da área de Pensamento Histórico Econômico. A indicação e a eleição de Mauro Boianovsky, 56 anos, para o cargo significam a legitimação do pesquisador, que há pelo menos 20 anos se dedica ao tema. À frente da HES, o gaúcho radicado em Brasília tem um desafio pela frente: ampliar o reconhecimento do campo de estudo em meio a economistas de outras áreas de trabalho. A posse dele será em 26 de junho, em conferência na Universidade de Michigan.
De forma simplificada, o Pensamento Histórico Econômico consiste na investigação e na identificação das ideias que dão origem às Teorias Econômicas. Para isso, o pesquisador se vale da análise de fatores históricos, como a Grande Depressão, e a relaciona com aspectos metodológicos, ou seja, com a forma como é feita a análise de dados. “Na Economia, é importante que se estude a história da disciplina, como as teorias foram desenvolvidas”, destaca o docente. Para ele, a nomeação para a presidência da HES é resultado também de uma expansão da percepção de continente. “A minha eleição reflete o reconhecimento e, até mesmo, um certo interesse nos debates que têm sido feitos aqui. É uma entidade fundada nos Estados Unidos, então, de certa forma, estão ampliando o sentido de ‘americana’ para incluir a América Central, a América do Sul, do México para baixo”, explica.
Em um ano de mandato como presidente eleito, Boianovsky tem a responsabilidade de organizar a Conferência Anual da HES de 2016. Além disso, ele encara a missão de convencer economistas dedicados a outras áreas da importância de incluir a abordagem da história do pensamento econômico. “É tentar atrair, sensibilizar os economistas em geral. É um desafio, porque a teoria econômica é muito complexa e é natural que eles sejam seletivos quanto à principal área de estudo”, pondera. Isso porque é comum que a abordagem seja erroneamente minimizada. “A história do pensamento econômico (HPE) vai além de mera curiosidade intelectual, ela facilita a compreensão das próprias teorias”, defende.
Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência de navegação em nosso site. Clique em Prosseguir
para estar de acordo com a utilização dos cookies. Para mais detalhes leia nossa
Política de Privacidade.